A necessidade de sobreviver fazendo arte levou-me a buscar
alternativas. Da mesma forma como aconteceu com as demais modalidades a
pirogravura (gravura feito a fogo, normalmente em couro), surgiu da necessidade
de complementar minha renda. De 1981 a 1984, eu estava vivendo um período
difícil financeiramente e esta modalidade chegou bem na hora. Tive problemas
com a fumaça oriunda da química do couro que provocava uma tosse insuportável
além de prejudicar a visão. Eu tinha dor de cabeça diariamente, mas, apesar de comprometer minha saúde e
várias noites do meu sono, não posso negar que a pirogravura me ajudou a
atravessar o deserto da escassez e das dificuldades. É como se diz: tudo tem
seu preço! Foram dois anos de trabalho para Alemanha e para Grécia, com vários
temas sobre o Brasil e os dois países em questão. Esse período acrescentou ao
meu currículo mais um prova de resistência, perseverança e determinação para
continuar sobrevivendo com meus próprios recursos.
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